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sábado, 31 de outubro de 2015

TODOS NÓS ESTAMOS SOZINHOS POR DEBAIXO DAS PELES...

Não adianta. Por mais que nos encontremos cercados de gente, no final das contas estamos sempre sozinhos. Neste sentido, ainda me lembro do dia em que morreu o ator Paulo Autran. Naquele tempo, como um pão fresquinho recém-saído do forno, a notícia recebeu mídia. Já eu, ainda ignorante aos fatos, liguei o televisor e, preguiçosamente, passeei pelos seus canais. Parei. Uma figura havia interessado meus dedos. Larguei o controle remoto e fiquei ali, numa entrevista que passava na TV Cultura. “Mora sozinho?” “Moro.” – respondeu Paulo àquela jornalista. “Sozinho?!” “Sim, saiba que todos nós estamos sozinhos por debaixo das peles.” Tratava-se de uma reprise colocada ao ar por conta do falecimento do entrevistado. Consultando mais algumas fontes, só então fui capaz de entender aquela perda, aquela exposição matinal. Nossa! Desde então aquelas palavras grudaram em minha cabeça: “Todos nós estamos sozinhos...”.  
Por muito tempo pensei sobre os dizeres daquele poeta/ator. Sei bem que todos já choramos. Chorar, sorrir... Tudo isso é natural. Há quem chore sorrindo, os que sorriem chorando e até os rostos que se calam, se fecham para qualquer um dos dois: pedras. Percebi então que nem toda lágrima se liberta, alguns encontros sociais exigem que choremos para dentro. Afinal, a norma diz: “Está só, amigo! E se derramar desinteresse em estar conosco, não haverá mão, pois está preso dentro de ti mesmo, estamos. Libertar-se não é possível, dispensamos tudo o que não reflita a nós mesmos. Se não for nosso espelho, fique em casa e sofra sozinho.” Daí minha vida de ermitão. Sou um anti-herói. Isso acontece quando as imagens nos vêm puras, de nós para os outros de nós.
Difícil entender, não é? Pois então explico de outra forma:
Medusa (a Górgona) é a melhor de todas as representações dos espelhos. Quando a olhamos, petrificamos, pois é quando percebemos que a feiura dela é também a nossa. Sim, só no reflexo dos escudos dos outros é que ficamos mais confortáveis para confrontarmos nossas próprias imagens. Elas recebem os filtros dos "tu és legal". E não, não dá mesmo para encarar diretamente nenhum "eu". Viramos pedras, daí (conhecem o mito). Perseu, por exemplo. Ele só conseguiu vencer(-se) desse modo, espreitando e não olhando para o que ele mesmo era, já que nenhum ego suporta um confronto tão direto assim. Aí está. A sinceridade é vista desse mesmo jeito: uma Górgona feiosa e cheia de cobras na cabeça, jardim de mármores que escondem profundas solidões.
Espelho, espelho meu... Não! Pare! Está louco! Jamais pergunte isso a ninguém! Queres virar pedregulho? Todos já andamos tão sozinhos... 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

MINHAS 10 REGRAS DE CONVIVÊNCIA:

1-    Evite dar sua palavra; se der (custe o que custar), cumpra;

2-    Não entre em órbitas de falas egocêntricas. Perde-se muito, o universo é maior;

3-    Só aceite arrogância de quem tem o que arrogar – ouça e aprenda. Contrário a isso, afaste-se: longe se ganha mais;

4-    Controlamos os olhos; os ouvidos não. É impossível fechá-los. Sendo assim, mantenha os pensamentos claros para dentro de alguma outra lonjura, salvo se for importante ou inevitável;

5-    Só entre em guerras que possa ganhar. Sendo os motivos justos, entre assim mesmo;

6-    Aceite: nem todas as pessoas simpatizam com educação. Gentileza em excesso pode ser confundida com fraqueza. Para estas, aprenda a existir pelos tons que determina a situação – nem tudo é música;

7-    Se for interessante, fale menos do que é capaz de ouvir. O equilíbrio pede que se ouça muito para – só depois – falar;

8-    Nunca se entregue totalmente a alguém, jamais encontrará recíproca;

9-    Elogie quem precisa ser elogiado, mas entregue em poucas doses sua crítica, remédio amargo demais;

10-  Jamais se abra de maneira plena. Assim que tiver chance, poderá virar arma: a raiva engatilha isso – e a convivência se fecha.  

sábado, 24 de outubro de 2015

STAR WARS VII: O DESPERTAR DA FORÇA (DO PRECONCEITO)

Nunca pensei que um personagem pudesse gerar tanta polêmica. Depois da divulgação do trailer oficial responsável pela continuidade da saga (Star Wars VII, o despertar da força), contrário às expectativas, o filme sofreu ameaças de boicote. Algumas centenas de fãs, descontentes por se depararem com um protagonista negro, ameaçaram, na estreia, não comparecerem aos cinemas. A acusação, para o constrangimento de espectadores pouco mais inteligentes, se baseou em vigarices intelectuais dos tipos: pregação do “marxismo cultural”, do “genocídio branco”... Genocídio branco?
Amigos! Atentem a isso, não estamos mais nos anos 70 e 80. Naquele tempo – se prestarem atenção – não havia tanto espaço para grandes astros de cor, incluindo os filmes anteriores desta mesma obra. Sim, nos outros episódios eles ocupavam segundos planos nas histórias, época de transição, me parece. Contudo, hoje, não cabe mais tanto desrespeito. Bom, nunca coube. O que sei é que “a credibilidade branca” era sim o Império, a força que movia nossos “querer-ser” inconscientes – pelo visto ainda bem fortes. Reparem no Jesus europeizado pintado por da Vinci, por exemplo. Política, meus amigos. Política! “Mas isso faz uns quinhentos anos”, alguém dirá. Aí é que está.
Pois então, as redes sociais acabaram trazendo à tona (‘viralizando’) esta discussão que muitos já entendiam como encerrada ou, na pior das hipóteses, em reconstrução. Por outro lado, lógico, certas elites inventaram engodos bem eficazes para contornar isso. No que concordo com o antropólogo Roberto DaMatta quando nos informa que em nossos dias “o preconceito velado é uma forma muito mais eficiente de discriminar”. Não há mais problemas, desde que “essas pessoas ‘saibam’ e fiquem no seu lugar.” Entenderam os ‘pensamentinhos’ de alguns desses ‘fãs-alienautas’? A coisa anda mesmo solta. Apesar disso, pensando melhor, até é bom, assim podemos observar e identificar os “por-baixo-dos-véus” da imbecilidade.  
Observo – confesso – que o ‘ser-branco’, pelo menos aqui em nossa região, também faz parte do currículo para protagonistas, como se não houvesse credibilidade em figuras mestiças ou negras. Por conta disso, rogo por um tempo onde bastará apenas ‘ser’. Neste momento o leitor deve estar se perguntando: “Mas como ele sabe de tudo disso?” Ah, meus caros, sou mestiço, sinto na pele! Meus diplomas não valem tanto por estas bandas. Lugar obscuro onde a primeira impressão (empobrecidas por fatores históricos de colonização e preconceito racial) ainda são medidas de competência.
Por fim, desejo que este tipo de força retrógrada não esteja com você! Feio isso.

sábado, 17 de outubro de 2015

OS DONOS DA RUA

O mundo lá de fora acontece diferente dentro de cada um de nós... Tudo está no plural.

A rua é um lugar estranho. Ermitão, hoje ela se tornou quase uma adversária. Desliguei minha vontade de sair ao seu encontro. Do portão para dentro, confesso me sentir bem melhor. Maluquice ou não, o mundo fez de mim este estrangeiro.
Mas houve um tempo em que não era assim, nem eu mesmo era este que agora gasta os dedos escrevendo memórias. Naqueles outros de mim, nos meninos que fui, recordo que gostava do ar fresco. Despreocupado, tudo lá fora era como um enorme brinquedo, pois, contrário ao vai e vem, cresci em um logradouro sem saída. Carros, raro quando nos deparávamos com um. Éramos os donos da rua. Jogávamos taco, brincávamos de esconde-esconde. Quando nos era permitido, olhávamos seriados na casa de um amigo pouco mais abastado (só lá é que tinha televisão em cores). Enfim, havia sempre um motivo especial para começar o dia. Perdi, inclusive, as contas de quantas vezes subi e macaqueei sobre os galhos das árvores, elas também eram nossas.
Saudades! Nos anos oitenta não havia melhor diversão do que encontrar os amigos na esquina. O mundo de fora passava por ali. A bifurcação possibilitava o trânsito, mas só quando queríamos ver. Lembro que uma construção (hoje um mercado) nos abrigava em quase todas as tardinhas. Enquanto bebíamos um refrigerante de garrafa, a rotina dos adultos passava. Os tempos aconteciam diferentes dentro de nós. A vida era uma enorme aventura. Não, a ‘adultez’ ainda não sabia de nós. Bebíamos aquela “Celina” de lamber os beiços e esquecíamos às horas. Entretanto, gritos daqui e outros de lá faziam nos lembrar de que precisávamos voltar cada um para sua casa.
Ah, aquela rua! Nela me apaixonei por uma menina pela primeira vez. Senti também o peso das coisas quando fui obrigado a ganhar o mundo para fora dela. Nela tive infância. Soube o que representava um disputado jogo de ‘bolitas’ e de bafo. Senti a dor de uma chinelada na bunda sempre que fazia uma arte maior. Sim, minha mãe era tão braba que acabou desperdiçando meu potencial para política partidária. Conto: dias desse cheguei em casa me gabando ter furtado o carrinho de um primo. Ela nem pensou. O ‘pito’ pegou, a vara cantou e tive que devolver, aos prantos, a merdinha daquele objeto. Pois então, ‘desbrasileirei’, tanto que o ‘jeitinho’ não me cabe mais.
E hoje a rua ganhou saída. Virou quase avenida e se esvaziou. O que me devolve a ela fica nestas lembranças sangradas por estes dedos velhos que perderam a capacidade de escalar árvores e existir para fora de um livro ou de uma folha branca de papel. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CARTA DE UM PROFESSOR

Sempre quis mudar o mundo, mas não podia. Complicado. Por isso li bastante para modificar ao menos a minha percepção sobre ele. Baixei a cabeça por longos anos e me atrevi em inúmeras tentativas que só sabiam encher a vida de funduras. E nada. A leitura – acreditem – me deixou ainda mais inquieto, um cavador de buracos. Nossa! Precisava voltar, falar sobre o que se passava ali, nas interioridades. No peito, tudo estava complexo demais. A voz deixava de ser clara. Preocupado com isso, tive que me reestudar. Fui investigando a mim mesmo e de como poderia ser a mudança que tanto desejava acender. Quando notei naqueles outros da rua, um outro que não podia mais ser eu: um ‘lonjurado’ intricado e solitário (igualzinho a este texto). Sim, precisei mudar o foco para poder ver diferente, para permitir que os tempos (ora mais gordos, ora mais magros, enfim) se desenhassem de maneiras distintas dentro de mim. 
Meus dias passaram a se manifestar menos duros, desde então. Estava funcionando. Senti que poderia brincar com eles e com algumas vontades que, por fim, acabaram me deixando grávido de uma mudança necessária. Foi rápido, já estava passando da hora de dar à luz. Doía muito. Não dava mais para esperar. Peguei o bisturi e decidi pela ‘auto-cesariana’...: “Preciso de aaaaaaaaar!” – gritou aquele recém-nascido. Putz! Daí entendi perfeitamente o que tinha que fazer: um parteiro de vozes, era isso. Bom, acho que renasci junto com esse entendimento! 
Elástico, esta é a palavra que estava procurando. Cada um dos “dentros” espicha-se para fora. Bom, amigos, sabemos que nem sempre dá, mas quando nos alongamos juntos, o exercício acaba por nos levar mais longe. Aprendi com isso que o mundo pode ser esticado sim, basta cada um fazer a sua parte e se puxar.
 Sei também que não é fácil ser um esticador, um parteiro de vozes. Por isso é que no repuxo procuro avivar as palavras escritas, na reescrita – gosto dessa modalidade. Outro dia até escrevi as cinco verdade coletadas ao longo de minha experiência nas ‘escrevinhanças’, pois todo o cidadão – acredito nisso – precisa se colocar audível perante a sociedade. Nesse aspecto a ideia escrita recebe muito mais crédito do que a falada – espicha-se mais. Ela não se perde. Busca o mundo. Ganha ouvidos e retorna. 
Enfim, encontrei minha missão. Chato? Muito. Crítico? Demasiado crítico. Amante desse tipo de trabalho? Profundamente, já que aprendi a clarear os escuros dos outros dando luz aos meus. Sim, só sei existir desse jeito, meio fora, meio dentro, um mestiço no mundo, de mundos que se misturam e são mestiçados também.

sábado, 10 de outubro de 2015

OS PROFESSORES E EU

Dedicado demais. Será que tem vida? Amado por uns; odiado por outros. Dá vários sermões; recita poemas. Vive torrando o saco da gente para que escrevamos, não acho importante. O que isso vai acrescentar em minha vida? Como ele é chato! Ainda insiste que eu leia. Ah, tenho mais o que fazer! Queria mesmo que morresse logo; por outro lado, não. Às vezes até gosto do dito cujo, não vou negar; no mais, o detesto. Coitado, acha que é meu pai. Quem ele pensa que é? (...)
Bah! Fica quieto aí no fundo, pô! O professor quer falar!     
Gostamos de todos, ninguém nos escapa. Um dia vivemos, em outros nos matam. Ousamos discursos, melhor não ter dito. Quanto ao ler e escrever, sim é importante, mas não é exigência nossa, a vida é que exige. Quem não lê neste mundo (ouçam bem, meus amigos!), se perde dos outros, se aparta consigo. O mundo é que é duro. Não somos bandidos, pois o tempo que temos – mesmo sem estarmos juntos –, estamos sempre pensando contigo, elaborando aulas pra ti.
Não sei se é bem assim. Deve ter algo que não te agrade em mim. Porém, te aconselho: me deixa de lado, não me enche o saco, professorzinho querido. E para de olhar. O celular é meu. Se quer me xingar, invento que me bateu. Pensa que eu não sei? Tenho mais direitos que tu. Quem mandou ser professor, agora aguenta o tranco! Acha que eu tenho medo de ti? Putz! Melhor é se cuidar.  
Medo?! Entendeu errado, criança! Nós é que temos medo. Perder algum de vocês está fora de cogitação. Se se perdem um dos nossos, nós é que reprovamos, não passamos direito a lição. As coisas não estão fáceis, disso sabemos bem. Mesmo assim queremos que entenda: não encontrando brasa na lenha, nosso sopro é que se perde e nenhum fogo vira fogueira. A realidade está difícil pra ti? De nosso lado, pode apostar, o buraco é mais embaixo.
Entendo, já sou grandinho. No fundo sei que desejam o meu bem. Mas por que não me deixam quieto, na minha? Eu não quero ser como vocês.
Ninguém é igual a ninguém. Nenhuma repetição acontece. Tudo o que ocorre neste mundo, o tempo traga e a sociedade esquece. Daí a importância do que fazemos: dar condições de vozes ao que tanto insiste em pregar. Se conosco está difícil. Sem nossas aulas, saiba que a coisa ainda é pior.
Amigos?
Tá bom, amigos!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

AOS OLHOS DO “NÃO TE QUERO”

Queria que as palavras não doessem tanto. Saem como um parto. Ficam no mundo: Antígona.

Hoje o dia começou maluco. Incapaz de manter os detalhes para fora de mim, logo cedinho, fui mastigando os passos em direção aos lugares que as obrigações me mandavam ir. Primeiro uma consulta médica, Ok; já que estive ali perto, passei em determinada Escola para ver se havia vaga para professor de Língua Portuguesa ou Literatura, mas logo entendi que era pouco apresentável para o espaço (senti os dizeres nos olhos daquela recusa), agradeci e saí; pouco mais frustrado, passei no laboratório para marcar um exame necessário, ali as pessoas pareciam mais afinadas, gostei; enfim, dirigi-me ao posto de gasolina para trocar o óleo do carro, sabia que demoraria. Então, aguardando, li alguns ensaios do antropólogo Roberto DaMatta. E enquanto fazia isso, fora de meu controle, todas as verdades daquele caminho (entre a “casa” e a “rua”) se manifestaram nos textos, nas relações históricas que se confundiam com aqueles “agoras”.
Assim diziam: “Numa sociedade onde somente agora se admite não existir igualdade entre as pessoas, o preconceito velado é uma forma muito mais eficiente de discriminar, desde que essas pessoas ‘saibam’ e fiquem no seu lugar.” Parecia até um salmo. Será que eu não estou sabendo qual é o meu lugar? Pode ser. Devia ter ficado em casa.
Levantei, pensei em esticar as pernas. Nesse momento, deixando o DaMatta um pouco de lado (precisava compreender o que ele estava querendo me dizer), peguei um cafezinho, acendi um cigarro e fui até a margem da rua – senti que meus espíritos estavam inflamáveis, por isso fumei longe – quando, ao acaso, unidas pelas mãos, vi passar duas mulheres. No entanto, não foram elas que me engordaram a atenção. O que me encheu os olhos foi a atitude de uma senhora que vinha logo atrás delas. Persignou-se (fez o “sinal da cruz”) ao movimento de uma simples troca de beijo entre aquelas pessoas. Persignei-me para perseguidora ‘persignadora’, também. De imediato, baixei a cabeça e pensei: “Hoje não é mesmo o meu dia. Caramba!”.  
Então, sei que não devia, mas fiquei costurando as cores daquela pequena epopeia, minha aventura desde minha casa até ali. Voltei para dentro do posto. Peguei o jornal local, acordei o texto que dormia em minha coluna daquele dia, reli e algo me ‘reacordou’: “Vadiar também é preciso” – confesso que me impressionou aquela frase, frase que eu mesmo havia escrito. Que coisa, mesmo de folga, meus pensamentos ainda não sabiam fazer o que aquele outro exigia de mim. Não dava para vadiar, eles (os pensamentos) trabalhavam naquele mesmo espírito que carregava a acepção mais antiga do termo trabalho. Baú que o antropólogo me fez abrir hoje pela manhã: o de tripalhare, que significa castigar com o tripaliare, palavra que origina esta: ‘trabalhar’.  
Ah! Depois me perguntam por que levo a vida como ermitão. Espero que estas pequenas horas para fora de casa possam ter respondido por mim. O que, para encerrar, parodio com uma passagem escrita por Homero. Acho que é assim:
Meu nome é Ninguém, Polifemo. Se alguém perguntar, diga que Ninguém ficou chateado com sua maneira caolha de "pouco-ver" as pessoas. Afinal, Ninguém é pessoa, ora!
Vai um vinho, aí?