- Quem é?
- Ninguém.
- Como assim ninguém?
- Por enquanto ninguém.
- Mas eu ouço tua voz.
- Vai ouvindo que...
- Não abro enquanto não me disser quem é.
- Então continuo sendo ninguém.
- Está brincando comigo. Agora é que não abro mesmo!
- Bom, então adeus!
Esperou um pouco e, curioso, abriu a porta. Não vendo nada, saiu...
- Quem está aí?
O silêncio anunciou o nada. Ninguém estava ali. Mas uma rajada de vento, que é o sopro também do vazio, fechou a porta e o prendeu para o lado de fora.
Desesperado, o homem anunciou o óbvio:
- Droga, fiquei trancado. Agora ninguém mais pode entrar!
E as vozes gritaram até a noite as cansar e escurecer tudo em silêncio. Assim, nenhuma alma pode habitar mais a casa. Ninguém pode entrar. Pelo menos naquela noite assombrada por tantos "ninguéns".
- Ninguém.
- Como assim ninguém?
- Por enquanto ninguém.
- Mas eu ouço tua voz.
- Vai ouvindo que...
- Não abro enquanto não me disser quem é.
- Então continuo sendo ninguém.
- Está brincando comigo. Agora é que não abro mesmo!
- Bom, então adeus!
Esperou um pouco e, curioso, abriu a porta. Não vendo nada, saiu...
- Quem está aí?
O silêncio anunciou o nada. Ninguém estava ali. Mas uma rajada de vento, que é o sopro também do vazio, fechou a porta e o prendeu para o lado de fora.
Desesperado, o homem anunciou o óbvio:
- Droga, fiquei trancado. Agora ninguém mais pode entrar!
E as vozes gritaram até a noite as cansar e escurecer tudo em silêncio. Assim, nenhuma alma pode habitar mais a casa. Ninguém pode entrar. Pelo menos naquela noite assombrada por tantos "ninguéns".