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sábado, 25 de abril de 2015

EJA – EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS

Quando pensamos que o mundo já deu o que tinha que dar e que não há mais o que fazer, surgem os adultos para nos animar e ensinar alguns caminhos novos e possíveis dentro dos educandários. Não estou falando simplesmente de alunos comuns (como muitos que “zumbinam” em nossa realidade e que ficam nos corredores das Escolas somente para preencher vagas ou garantir certo benefício social). Falo do EJA (Educação para jovens e adultos), homens e mulheres sem tempo a perder, pois como já escreveu Sêneca: “[...] ninguém pensa que alguém lhes deva algo ao tomar o seu tempo, quando, na verdade, ele é único, e mesmo aquele que reconhece que o recebeu não pode devolver esse tempo de quem tirou”. Roubar o tempo do outro sempre custa caro, ele não pode ser devolvido, ele se perde.
Não pense o leitor que, ao expormos isso, estamos denegrindo ou atacando algum grupo social. Isso nem nos passa pela cabeça, a verdade é que queríamos garantir a todos uma educação de qualidade e que formasse, no mínimo, cidadãos críticos e civilizados. Contudo – não se espantem –, já que nem sempre a realidade corresponde ao que queremos ouvir. Lógico, sempre é mais fácil delegar aos professores a educação de nossos filhos. Jeitinho brasileiro, esta histórica maneira cega de isentar nossas responsabilidades para que possamos assistir a nossas novelas em paz.  
Sorte que, ainda, temos noites mais claras ao “noturnarmos” com alguns estudantes que não têm mais tempo a perder. Gente madura e com essa maturidade, vêm encantar e ajudar a fazer da Escola noturna um lugar iluminado e nobre, como outrora. Amigos que trazem uma educação forte e de outros tempos para encantar e melhorar o nosso. E é justamente por isso que são merecedores de toda nossa dedicação e ouvidos, pois, quando eles falam, aprendemos junto e, inclusive, alguns são tão sábios, que não têm nenhum medo de aprender também: são ricos que nos enriquecem.  

Sim, meus nobres, precisamos desenvolver outros ouvidos. Não desenvolvendo, todos nos perderemos pela matemática macabra que nos envolve, a matematização do que é humano. Explico: muito número para pouca qualidade. Por estes e outros motivos que nos motivamos ao entrar em uma turma repleta dessas pérolas bonitas e que vêm de um tempo onde a Escola ainda era um ambiente de respeito e sabedoria. O correto seria até que alguns desses alunos fossem professores de certos pais que reclamam sem saber nada sobre o que são seus filhos longe de seus olhos e dentro dessas instituições tão “sagradas” a que chamamos comumente de Escolas. 

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