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sábado, 11 de abril de 2015

UM LUGAR CHAMADO ESCOLA...

Sabem aqueles templos aonde as pessoas vão para rezar? Alguns chamam de igreja, santuário... O nome pouco importa. O que interessa mesmo são os porquês.
Outro dia ouvi falar de um local considerado tão sagrado que as pessoas, automaticamente, tiravam os chapéus para entrar. É estranho o modo com que os mitos são sempre mais bem-vindos do que algumas outras verdades que envolvem a sociedade, as reais.
 Acompanhem: um médico salva vidas – não é mesmo? –, um padre, um pastor (tal como alguns acreditam) salvam almas. Tudo bem! Mas e os Lentes? Aí é que está. As marcas deixadas pelos bisturis dos professores é que são realmente delicadas e perigosas, até. Eles operam a todos - a todos os espíritos - e, se não forem empunhados por homens e mulheres apaixonados (as), podem até frustrar as mãos que poderiam te salvar, futuramente, em uma sala de cirurgia ou te levar ao suicídio em uma sessão qualquer.
Pensando nisso, por que será que a Escola não merece ter o reconhecimento e a postura utilizada ao adentrarmos num santuário, numa sala de cirurgia, numa sessão espírita, ou algo assim?
 Willian Blake já sabia: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê." No que, por sua vez, completamos com Nietzsche: "A primeira tarefa da escola é ensinar a ver". Enfim, o desafio é difícil, deve-se amar primeiro as cores. Por esta razão este tipo de educação é tão dolorida. Ver dói, já que na prática somos todos cegos pregando mais escuridão. A luz fere. A verdade, pelo menos em nosso tempo, anda podre, opaca e cheia de pimenta. Desprezamos a educação e amamos rezas e pedidos egoístas aos nossos deuses. Queremos mudar, não a nossa maneira de ver, mas desejamos que o mundo mude sozinho, não queremos fazer esforços. Assim, os educandários (estes sim deveriam ser reverenciados) acabam sendo oprimidos pelo senso do “tudo pode”, porque o ganhar tudo (tal como um pedinte rezador faz) é o que importa. Fazer?! Não, isso deixamos para os outros. Criem meus filhos, pois sou filho de “deus”, mas não sou pai nem mãe de ninguém – é isso o que impõem alguns bons santos.
É, meus amigos, não é fácil, ser professor é como estar em uma gangorra e sentir prazer tanto no alto quanto no baixo. É ter que amar em todos os níveis. É nivelar-se a cada tamanho e, às vezes, até negar-se um pouco para que todos ganhem certa altitude no outro extremo do brinquedo. Fácil? Não é mesmo. Se um piano só se afina com muita escuta, imaginem uma orquestra inteira que já vem desafinada de casa.
Vamos orar, irmãs! Quem sabe alguns dias aprendam a louvar os verdadeiros deuses: o Bom-senso e o Futuro.  

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