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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FELICIDADE?!


Seja você aquele que gostaria que estivesse por perto? E vai saber se alguém desejaria de fato o que eu quero de mim... Estranho, ainda bem que temos as diferenças para nos afinar: uma corda toca dó, a outra ré, mi, fá, sol, lá, si, e seus interstícios! O que eu quero nem sempre é bom para você. Acho que assim sai um pouco do gosto maniqueísta e amargo da "assertiva".
Vejam bem! Não é difícil observarmos essas frases no Facebook. Ideias do tipo prontas e, geralmente, sem autorias (quando têm, difícil saber se é mesmo do autor). Grande guru, esse Face! Ele tem tanto a dizer sobre tudo e sobre o nada que os dizeres se vão caindo naqueles vazios epidêmicos de compartilhamento em massa.
Há algum tempo, inclusive, o autor Caio Fernando Abreu e Luiz Fernando Veríssimo eram os nossos “ensinadores” por lá. Em outro período, a Clarice Lispector era quem se confundia com a esfinge, para alguns. São ótimos, realmente, mas nunca li nenhum texto dos três que possam servir como fórmula para a felicidade, salvo algumas ironias. Ninguém checa as fontes. Postam, e pronto. Os coitados viraram os bobos felizes das redes sociais. Lá, sempre há um entendido pronto para agir e nos aconselhar sobre o melhor modo de viver – acho isso divertido, confesso! Contudo, quando não estão por perto, para piorar, lá vêm os ‘aponta-dores’. Nisso prefiro ficar desapontado, sem pontas doloridas. Nesse caso saio, vou apontar um lápis de cor. O mundo precisa de mais cores do que verdades opacas e plágios.
Dizem que o Sol nasce igual para todos. Não mesmo, todos os dias ele renasce diferente para cada um dos de nós, àqueles que seremos naquele dia. Sendo assim, não podem existir fôrmas para sermos felizes. Está certo que massa se põe ali e logo se transforma em pão para todos comerem. Mas massa também pode ser moldada antes de ser servida ou compartilhada com os amigos. Que tal dar o nome da cozinheira antes de servir? 
Quer aprender sobre felicidade? Observe os cães. Sempre que um cachorro morre, acho até que em algum outro lugar deve nascer uma criança. Nunca vi espíritos tão parecidos. Eles só são assim porque ignoram o fato de que um dia vão perecer. Morrer é coisa de gente adulta. Isso nos torna um pouco inferiores às crianças e aos animais. Eles é que sabem viver e eternizar suas pequenas brevidades. Ali é que mora a felicidade!

Como sempre, não é necessário que concorde com meus temperos, pois a verdade é um perfume que só se adapta em algumas peles. Seja do jeito que é, não copie, crie!!!

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