.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

VIVA O CORAÇÃO HUMANO!


Não há nada mais incrível do que o coração. O que se sente ali é um mundo que se norteia em milhares de possibilidades. Chore, se te der vontade. Sinta no peito a reverberação de uma saudade, de um abraço, de uma palavra, que seja. Sinta, apenas sinta, pois só somos quando os tambores não silenciam para os outros de nós. Neles, há um tamborilar para cada beleza sutil ou faceira. O belo é uma janela aberta que se quer olhar e ser/ver um pouco dos de fora. Ela só quer trazê-lo para dentro. Sentir os passantes em suas entranhas. Tudo isso é típico de nossas “ajanelações”. Todas têm olhos, ouvidos, bocas e peles só suas – peles querendo tocar o universo. Fios coloridos em mãos hábeis de bordadeiras. Vermelhidões apaixonadas por viver. Sentidos enrolados. Veias que irrigam o corpo, que é a casa de todos os nossos “eus”.
O eterno se silencia dentro de nós, dos de nós. Acorde-os. Abra-se para a infância (tempo em que sentíamos o mundo com mais carinho). Período em que o coração ainda estava novo e limpo. Renove-se. Seja um Quixote. Faça um chapéu de jornal e mantenha-se informado para as crianças que querem brincar contigo.
Viva o coração humano! Gritem comigo. Viva o coração humano! Marchemos para a brincadeira. Vamos nos mover pela motriz dos sonhos. Cavaleiros das tristes figuras são o que nos esquecemos de ser. Meninos curiosos, tal como pequenos príncipes. Homens-crianças fortes como Peter Pan. Vamos, amigos! Sigamos para as lonjuras mais distantes de todas as distâncias. Sair para dentro de nós mesmos é uma aventura. É por isso que existimos. Sentir é nossa sina. Ali, até as bonecas são vivas. Os loucos, saudáveis. Doidos que choram sem medo de “desempalavrear” suas literaturas engarrafadas em manicômios.
Ah! Se essa rua fosse minha. Eu mandaria todos os sonhos caminhar, mas, como as estradas vão se fazendo conforme caminhamos, seus passos só podem acompanhar os ritmos deste que nos guia.
Coração, tu não sabes da missa um terço! Seus terços são quartos quintos e sextos. Saboreias o que te damos para comer. Bebe o que te oferecemos para beber. Vives a intensidade de purezas ‘despurificadas’, desastradas e que só se vê depois que passou. Estamos cheios de passadas que, a cada palpitar, se incendeia. Veias quentes que quer apenas encontrar um lugar neste mundo.

Viva o coração humano! Viva! Existimos por ele, coexistimos em orquestras, como orquestrações sentidas por tantas outras batidas... Viva o coração!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Divida conosco suas impressões sobre o texto!