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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

TEMPOS MODERNOS


Tecnologia. Nunca imaginei que estaria escrevendo em um realejo moedor de música e as transformassem tão rapidamente em pensamentos. Antes tínhamos apenas o lápis e o papel. Depois vieram as máquinas de escrever. Hoje temos os computadores e tablets. O que virá em seguida? Sinceramente não sei. O que vou tentando aprender é dedilhar minhas canções nesses instrumentos maravilhosos e cheios de acordes – ao menos com bem mais notas do que já estive acostumado. Tudo andou. O futuro chegou, mas as letras (a maior de todas as invenções) ainda se organizam nas entranhas de cada engrenagem, ou chip.
Quando comecei a estudar na faculdade, ainda lembro que no laboratório de informática (nas salas em que frequentava), havia uma torre (CPU) para cada quatro ou cinco telas. Em um dia desses, desastrado que sou, terminei de fazer o que tinha e, como eu estava do ladinho da máquina principal, PUM! Desliguei o aparelho. Não precisa nem dizer que fui vítima de zangas alheias.
Portas também me afligem. Logo nos primeiros dias de aula na universidade (e novamente me pego lá...), sedento em conhecer aquele espaço maravilhoso chamado biblioteca, empurrei a porta, e nada. “Está fechada!” – pensei. Quando vi de longe uma menina que se dirigia para o mesmo local. “Ela vai ter que esperar. Fechada, mas não vou dizer!” E pronto, ela entrou. Só que mais sábia, ao invés de empurrar, ela puxou. Nem precisou proferir um “Abre-te Sésamo!” Ah! Ainda acho que puseram o adesivo de “puxe” por conta de perdidos como eu. Bom, pelo menos contribuí de alguma forma para um mundo mais aberto. Mas não, em ‘Shoppings’ eu não vou. Tenho medo daquelas portas que abrem sozinhas.
Contudo – ainda bem! – pelo menos no aplicativo “Word” ando me saindo bem. Também, depois de algumas dezenas de artigos; de escrever centenas de textos; uma monografia; e uma dissertação... Enfim, acho que até ando dedilhando como um violonista clássico, eu acho. Falo da velocidade, não da qualidade. Incrível como sobrevivi a tantas atitudes “charleschaplianas”. Hoje rememoro tudo com bom-humor. Contudo não riam de mim, leitores. Sofri bastante naquela época!
Como as coisas se ajustam! Dostoievski tinha razão em suas “Memórias da casa dos mortos”: “o homem é um ser que a tudo se habitua, e essa é, a meu ver, a melhor de suas qualidades.” Há muito de mim nisso!

Ainda estão rindo? Ah, não conto mais nada! 

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